Atena, a deusa da sabedoria, era filha de Zeus. Conta-se que saiu da cabeça do deus já adulta e revestida de uma armadura grega completa. Atenas foi seu santuário, sua cidade, que lhe fora oferecida como prêmio de uma disputa com Poseidon, que também aspirava tal glória. No reinado de Cécrope, o primeiro Rei de Atenas, as duas divindades disputaram a posse da cidade. Os deuses decidiram que o prêmio seria dado aquela que oferecesse aos mortais o presente mais útil. Poseidon ofereceu uma fonte de água salgada e Atena, uma oliveira. Os deuses decidiram que a Oliveira era mais útil e então concederam a cidade a ela.
Atena inventou a flauta, o trompete, os artefatos de barro, o arado, a sela, a carruagem, o barco e várias outras coisas. Foi a primeira ensinar a ciência dos números e todas as artes femininas, tais como cozinhar, tecer e fiar. Mesmo sendo deusa da guerra, ela não tem prazer em batalha como Ares. Ela prefere apaziguar disputas e fazer valer a lei por meios pacíficos. Não carrega armas em tempos de paz e se em algum momento precisa delas, geralmente as pede emprestada a Zeus. Sua misericórdia é grande, quando os votos dos juízes empatam no julgamento, seu voto decisivo é sempre pela libertação do acusado, daí a expressão voto de Minerva, proveniente do nome romano da deusa, que expressa o voto decisivo de desempate. Mas, uma vez envolvida em batalha, ela nunca perde. Nem mesmo contra o próprio Ares, pois, em matéria de estratégia e tática, é muito melhor do que ele. Ela, assim como Ártemis e Héstia, jurou castidade.
Arte: Artista desconhecido.
Texto original: Thomas Bulfinch e Robert Graves.
Adaptação: J.C.
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