O ba, que foi representado como um falcão com cabeça humana e anteriormente como uma cegonha em As Crônicas dos Kane, é a forma liberada na morte. Este corpo-alma é considerado a personalidade do humano e é capaz de viajar além do corpo físico. O ba é a personificação da personalidade de uma pessoa, bem como da personalidade dos deuses que interagem com os vivos. Ou seja, quando está vivo, vira “alma”, quando é um deus, vira um corpo.
A preservação corporal era necessária para permitir que o ba retornasse durante a noite e ganhasse uma nova vida pela manhã. O ba é ativado apenas em estados psíquicos incomuns como sono, a consciência pós-morte, meditação e o modo não físico de consciência obtido por meio da iniciação. O ba humano é uma manifestação no plano espiritual, ele se refere a todas as qualidades não físicas que constituem a personalidade, nesse sentido, os objetos inanimados também poderiam ter ba, como as pirâmides do Reino Antigo que eram frequentemente chamadas de ba de seu dono. O grande egiptólogo Louis Žabkar argumentou que o ba não faz parte da pessoa, mas é a própria pessoa, ao contrário do conceito cristão de alma.
Os egípcios acreditavam que o ba viveria depois que o corpo morresse, e às vezes é descrito voando para fora da tumba para se juntar ao ka na vida após a morte. Nos textos do caixão, uma forma de ba que passa a existir após a morte é corpórea e precisa de alimento, água e outras coisas. O “ka” é a essência vital, ele que distingue a diferença entre uma pessoa viva e uma pessoa morta.
Fonte: Vários autores.
Adaptação: J.C.
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